12/01/2024

Belezas do Paraná, 1ª viagem com o Jeep Clube de Sorocaba, de 2024

Eu sempre quis experimentar dormir num camping e a oportunidade chegou com esta viagem.

Entre ficar no quarto da pousada, que era muito bem estruturado e confortável, com uma cama grande e confortável e banheiro no mesmo padrão, optei por ficar no camping, dormindo no meu carro.

Sempre vejo vídeos, mostrando como as pessoas fazem esse tipo de pousada, então preparei os recortes para cobrir os vidros do carro, deixando tudo escurinho dentro. Também  comprei as telas para deixar o vidro aberto e o ar circular, que também funcionou, levei um fio de extensão, para poder carregar celular, e ligar o ventilador para circular o ar dentro do carro, q também funcionou. E fui embora para Jaguariaíva – PR, nome difícil de escrever e falar, mas foi para lá mesmo que fui acompanhando o comboio.

Adoro acompanhar o comboio, ao som da conversa no rádio onde um cuida do outro, e onde fico informada das histórias da região, onde temo ajuda para ultrapassar caminhões, em estradas de mão única, de forma segura, e onde a amizade se fortalece, afinal o cuidado também acontece pela conversa no rádio.  Um, sempre cuida do outro, ou o da frente cuida do de trás, e a viagem de 400km, se torna um passeio, nem dá para perceber o tempo passar.

A aventura começa com a reunião das pessoas, para a saída do comboio, é um evento à parte.  O posto precisa ter um estacionamento amplo, afinal, estávamos em dezessete veículos, todos na expectativa, das aventuras que viriam.  E começa o reencontro durante o café, os abraços saudosos das pessoas que não se viam desde 2023...  Como é bom, poder participar.

Quando todos chegam, e depois de estarem com seus carros devidamente adesivados, temos nossa oração, e saímos na ordem do número que recebemos, desta vez recebi número 11.  Já não sou tão novata assim, afinal já estou no meio do comboio.

Chegando em Jaguariaíva, demos uma volta na cidade, para podermos abastecer os veículos, e também chegar no mercado, para preparar o picnic, do sábado, que era o auge do passeio.

Chegando na pousada, quem ia para os quartos, era só chegar e descarregar, e quem ia para o camping, tinha um pouquinho mais de trabalho, pois era necessário montar sua estrutura, a barraca, e estava chovendo.

O local era muito bonito, @pousadachakras, no Instagram para quem quiser ver o local.  Tem um rio, passando pela propriedade por onde os carros atravessam, para começar a trilha, e um obstáculo logo de cara.

Quando a chuva dá uma parada, cada pessoa que estava no camping, vai arrumar seu cantinho, e eu fui testar o que daria certo ou não no meu carro-home.  Durante a arrumação, achei tudo que eu precisava e perdi também.  Coisas do tipo, lanterna, mudei de lugar para achar mais facilmente, mas isso não funcionou. 

Existem coisas que você só descobre experimentando, e a estrutura para dormir dentro de um carro, é uma delas, apesar do meu carro ter um espaço interno considerável, eu também levei cadeira, e mesa para o picnic... que durante a noite, ficavam para fora.  Mas, tudo deu certo.

Na janta, hummm pizza, salgada e depois doce.  E tudo vira um grande evento, mas o dia seguinte começaria cedo.  Eu sou de dormir cedo, então saí antes do pessoal, e não demorou muito, todos já estavam recolhidos, e com certeza, no merecido descanso.

Chegou sábado, o grande dia de vencer erosões, e subidas escorregadias, com técnicas adquiridas ou sendo aprimoradas.

Eu estou aprimorando minhas habilidades de vencer obstáculos e no primeiro depois de atravessar o riacho, tive que ir pelo desvio, e muitos outros também foram pelo desvio, e era bonito ver o pessoal que conseguia vencer o obstáculo, e a comemoração em grupo de cada obstáculo vencido, é algo que não tem como descrever.

E se você não consegue, respira fundo, escuta as instruções, e vai.

Sempre tem alguém que vai te orientar e dizer exatamente o que você precisa fazer e como conduzir seu veículo.  Se você segue as instruções, dá certo, senão, tenta de novo, e de novo, você define o limite seu e do seu carro, e muitas vezes de quem está te acompanhando, no banco do passageiro.

No meu caso, eu viajo solo, no carro, então eu tenho que vencer os obstáculos, e nesta viagem, só o primeiro degrau eu não consegui subir...  Faz parte, também.

Chegamos ao segundo degrau, e esse não tinha desvio, ou você enfrentava e subia, ou enfrentava e subia, ou se o carro não é forte, tem a opção de ser puxado, mas a graça, se perde.

Muita vibração a cada carro que passava, e vencia esse degrau gigante, e desafiador.  Uns passavam com mais facilidade, outros nem com tanta facilidade assim.  Eu consegui passar de primeira, o que nem acreditei, mas confirmei pela filmagem.  Como faz bem isso!

E seguimos o caminho, chacoalhando muito, afinal a estrada tinha muitas pedras, e areia.   Cada lugar bonito que vimos. Primeiro, um canyon, altíssimo, e quando eu percebi já estávamos sobre ele.

Como é bom ver ao longe, a paisagem, se forma e na corrida diária, esquecemos de observar.

É necessário lembrar que nossa visão acontece de perto, em médio e também em longo alcance, e nem sempre esse longo alcance da visão é utilizado.

Tomamos uma água, muitas fotos, nesse local, lindoooo, e seguimos nossa trilha, rumo a primeira cachoeira, onde seria nosso picnic.

Chegando na cabeça da cachoeira, escolhemos o local para montar nosso almoço, e num estalar de dedos, mesas se emendaram, e foram preenchidas com comida, e até café coado na hora teve.  Uma fartura, no meio do mato.  Quanta coisa gostosa.

Mas não parou aí não.  Depois de comer fomos para a segunda cachoeira.

Desmontamos o acampamento, na mesma velocidade que montou, e partiu!

Chacoalha, mais um pouquinho, e estacionamos, pois o acesso é à pé.  E que caminhada... mas valeu a pena.  Eu não fiquei muito nessa cachoeira, cheguei vi e subi, para poder vir dando minhas paradinhas, e respirar, e descansar, afinal... não tenho a preparação física do pessoal, e assumo estou sedentária, mas consegui andar todo o caminho de volta até o carro, então o difícil momento de esperar o pessoal voltar.

E cada um que chegava, estava muito cansado da subida íngreme, isso me fez perceber que sou normal, rsrsrsrs.

E de repente, estava na hora de voltar para a pousada, e chacoalhamos mais um pouquinho, afinal o trajeto cheio de pedras, e buracos, e pequenas poças de água... não tem como, faz parte da viagem, e o comboio se dividiu entre ir para a cidade, mercado, e ir para pousada.

Pra variar peguei o lado errado e fui para a cidade, e como o guia ia para a pousada, já fui num mini comboio, com carona desta vez para a pousada.

Que vontade de tomar banho, e esticar o corpo que eu estava e assim eu fiz.  Acordei com o cheiro do churrasco, subi, comi, e voltei para meu carro, organizado de outra forma nesta noite, e o sono foi melhor.

Domingo chegou.  O café da manhã da pousada, foi maravilhoso, com opção para todos os gostos, frutas, pão de queijo, pão caseiro fresquinho... quanta coisa gostosa...

Mas tinha o túnel, que antigamente atendia o trem que passava na região, e agora atende os aventureiros 4x4, afinal está cheio de água.  Desta vez, eu fui de carona.  Resolvi ouvir minha intuição.

Filmei todo o trajeto.  No meio do túnel com 836 metros de comprimento, existem montes de areia, que recebem o nome de ilhas, que experiência incrível atravessar o túnel, como passageira, e podendo filmar a luz no fim do túnel e perceber a passagem de um outro ângulo.

E chegou o momento dos carros fazerem o retorno para voltar pelo mesmo túnel.  O espaço, claro que era pequeno, mas era o mais largo do percurso, e a festa começou, e o mais interessante, todos precisam manter o seu lugar no comboio... Atente sempre para esse detalhe fundamental.

Na volta pelo túnel, teve o momento da foto, dentro do túnel, e quando eu vejo o guia está sobre o carro dele, com o tripé, e preparando uma foto do túnel preenchido pelo nosso comboio.  Que legal!

Depois de mais essa aventura, uma oração, e voltamos para casa, fazendo uma parada num posto para almoçar, é claro.

Depois teve a parada do bolinho caipira...

E daí já estava no final, todos chegando em casa... e já começa a despedida, afinal toda viagem é única.  Mesmo que se tente fazer o mesmo roteiro, não dá para garantir que os participantes serão os mesmos, que o tempo será o mesmo... São muitas variantes.

E mesmo que seja tudo igual, ainda será diferente, e será único.

Ao Toque Quatro Jeep Clube de Sorocaba, eu agradeço a oportunidade de estar presente.  Aos participantes, eu agradeço a paciência e acolhida.  A pousada Chakras, agradeço o aconchego, e bora que o ano só está começando.

TEXTO LEDAH